sexta-feira, setembro 02, 2005

DJI TAFINHA ENTREVISTA



Luanda, 2 de Setembro de 2005, dentro da comunidade Hip Hop o nome DJI Tafinha já não passa por despercebido como acontecia há uns anos atrás. As suas músicas e performance em palco têm feito vibrar aqueles que há muito procuravam inovação dentro do Rap nacional, e é dentro deste panorama que nasce o album "Noites Em Branco", um projecto que estará disponível no mercado angolano daqui a duas semanas via Mad Tapes e que concerteza irá por o nome DJI Tafinha no mapa do Hip Hop angolano.

Eis uma conversa que teve lugar ontem a noite entre o misterioso produtor Kitabah e DJI Tafinha:

Kitabah: Ya mo Tafinha, como e quando entraste neste mundo do Hip Hop?
DJI Tafinha: Eu entrei no mundo do Hip Hop quando estudava na escola "Juventude Em Luta" em 1999, foi a primeira vez que ouvi Hip Hop em português a sério, tentei fazer um Freestyle e consegui!
K: Fala-nos um pouco sobre o "Noites Em Branco"?
DJI: "Noites Em Branco" é o que eu passo a maior parte das vezes quando certas coisas me atormentam, coisas essas que foram ditas na faixa que da titulo ao album. Trata-se de um album com produções diferentes de produtores diferentes, mais todos com o mesmo objectivo, mostrar que é possÌvel vencer com força de vontade.
K: Explica-nos como foi a tua entrada na Mad Tapes?
DJI: Foi uma das melhores experiências que já tive. Procurei o Samurai para ele bumbar a minha capa, eu já o admirava, ele ouviu alguns sons meus, gostou e fez a proposta, e sem pensar duas vezes aceitei, se bem que houve bocas como sempre acerca do motivo pelo qual o Samurai me convidou, mas eu confio nele e ponto final.
K: Eu pessoalmente curto bwé os teus beats, flow e conteúdo. Tens alguns nomes que usas como inspiração nesses campos?
DJI: Ya, o Eminem, porque ele escreve o que sente sem pensar em terceiros, o Sam The Kid por ser ele mesmo antes de ser influenciado, o Busta Rhymes pela sua habilidade no flow e curto também Linkin Park por fazer cenas que um gajo sente na alma.
K: Muita gente que entra neste blog está alheia a realidade luandense. O que é ser um MC em Luanda?
DJI: Não é facil, no meu caso suporto um lado que não sou lá muito apoiado, não sei se é porque o publico são MCs como eu ou outra coisa, em alguns casos tens que ter a costas quentes para teres algum reconhecimento. … precisas de acreditar e sentir na alma o que fazes para que o respeito venha a tona.
K: Porque razão gravastes o diss "Primeira e Ultima" contra o Terrível?
DJI: Gravei porque...para certas perguntas é necessário certas respostas, o pessoal comentava acerca de uma coisa que não era verdadeira e eu simplesmente provei o contrario pois era necessário.
K: Como vai o estado actual do Hip Hop angolano?
DJI: Ta a evoluir em todos aspectos, MCs sempre existiram, mas agora já se começa a sentir os restantes elementos, por isso é que eu respeito bwe o Samurai, o nigga sempre batalhou como activista para que o Hip Hop fosse verdadeiramente representado na arena nacional.
K: Futuros projectos?
DJI: Eu e o DJ do meu grupo (Motim) estamos a gravar uma cena diferente com 10 faixas. Em principio a cena estar· disponÌvel sÛ em 2006.
K: Ya manda aí uns shoutz que já estasse a fazer tarde.
DJI: He pa! não curto muito desta parte, mais aí vai shoutz para o meu grupo Motim, Samurai e a Mad Tapes, Luy, Pacifico, Delcio, Rene, e a todos apoiantes verdadeiros da minha cena.

One Love

(O album "NOITES EM BRANCO" estará a venda já na proxima semana no espetáculo do MC K, fiquem atentos pois a primeira edição e bwé limitada, quem quiser copias antes, ligue para o 923731656 - entregamos a porta de casa)

1 comentário:

Anónimo disse...

Meo nome é Tácio

Por motivos de fanatismo e admiração do trabalho que fases e pelas dicas que mandas eu me tornei um grande fã do Dji e por este motivo o meo arcunha agora passou a ser Djitácio.


Eu escrevo, canto, e faço alguns fristayli e muitas senas mais.


Para fixar mando um grande hala para o Tafinha e desejo muito sucesso, que continuas neste caminho.