quarta-feira, outubro 15, 2008

ZEITGEIST: ADDENDUM

Saíu no último dia 2 de outubro o Zeitgeist: Addendum, filme que dá continuação ao excelente filme Zeitgeist. Estou a baixar aos poucos a cena via You Tube. E pelo que vi…só tenho a dizer que automaticamente liguei tudo com a nossa realidade Angolana…

Vejam por exemplo o testemunho de John Perkinks (autor do livro “Confessions of an Economic Hit Man"), neste clipe extraído do Zeitgeist: Addendum.



John Perkins faz parte de uma geração de autores que denunciam o funcionamento do sistema neo-liberal, mas que não vêm da esquerda: são pessoas cuja revolta surge justamente do fato de entenderem profundamente como o sistema funciona. E entendem profundamente porque a ele pertencem, ou pertenceram. Perkins trabalhava na MAINE, uma empresa de intermediação de contratos internacionais, negociadora do financiamento de grandes obras, e executora de infraestruturas energéticas, com o pefil da ENRON, da BECHTEL e outras semelhantes. Como economista-chefe da empresa, era encarregado de traçar as grandes linhas de investimentos, e de negociar a triangulação entre governos de países do Terceiro Mundo, empreiteiras, e o sistema financeiro norte-americano.

A lógica básica é simples: ele era encarregado de inflacionar artificialmente as perspectivas de crescimento do PIB do país visitado, e de assegurar o financiamento de grandes obras de infraestruturas pelo Banco Mundial (Banco Privado Americano) ou outra instituição, com a condição das infraestruturas serem executadas por grandes firmas americanas. Assim o dinheiro não sai dos Estados Unidos, vai diretamente para uma das empresas executoras. Como o crescimento projetado do Pib era artificialmente inflacionado, o país fica endividado além da sua capacidade de pagamento. Frente à ameaça da moratória, entra então uma segunda rodada de negociações, assegurando o controle por firmas americanas das reservas de petróleo ou outros recursos. Em resumo, Perkins era encarregado de organizar, para as grandes empresas americanas, o aprisionamento dos países na armadilha da dívida, na chamada “debt trap”…(leia mais).

Fonte: Ladislau Dowbor
Link: http://dowbor.org/resenhas_det.asp?itemId=1fd0e79e-2630-4fc0-a482-9b90fe5a1bc2

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Samurai

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